Pesquisas científicas comprovam o papel do estresse em causar e agravar diversos distúrbios físicos e emocionais. Desde a década de 80, a revista Time trouxe como matéria de capa o estresse como “A epidemia dos Anos 80”. O artigo também mencionou que o estresse é um problema de saúde proeminente. De fato, é inquestionável que o mundo se tornou cada vez mais complicado e estressante nos últimos 39 anos desde que esse artigo foi escrito, tornando-se um fator de risco para vários outros problemas.
Outras pesquisas indicam que quase todos os indivíduos se percebem sob condição de estresse. Autoridades na área estimam que cerca de 75% a 90% das visitas a médicos de cuidados primários estão relacionadas ao estresse.
A maioria das pessoas apontam que o trabalho é a principal razão de estresse. Contudo, os níveis de estresse também aumentaram em crianças, bem como na população idosa devido a várias fatores, dentre os quais: pressões dos colegas que levam a certas experiências, desde o tabagismo ao abuso de drogas e álcool; a dissolução dos valores e laços familiares e religiosos; taxas de criminalidade crescentes; ameaças à segurança pessoal; assim como o isolamento social e a solidão.
O estresse pode ser compreendido como uma reação natural do organismo que ocorre quando o ser humano vivencia alguma situação de perigo ou ameaça. Apesar de ter um viés situacional, observa-se que nossos pensamentos contribuem para as sensações de estresse. Logo, o que pensamos, nossas atitudes e a maneira como vemos nossas experiências ditam o que sentimos. Portanto, se conseguirmos modificar nossos pensamentos, atitudes e pontos de vista, isso poderá auxiliar a lidar com o estresse e substituí-los por um estado de ser melhor. Ou seja, mudando nossa atitude e ponto de vista em relação à nossa situação e nossas experiências, podemos dissipar esses sentimentos na fonte.
Segundo a Associação Americana de Psicologia, há três tipos de estresse: estresse agudo, estresse agudo episódico ou estresse crônico. Este último se torna fator de risco para ansiedade e depressão. Além disso, existe o Transtorno do Estresse Pós-traumático decorrente de uma situação episódica de risco que desencadeou o estresse agudo, sendo enquadrado como um distúrbio de ansiedade.
É perceptível que o estresse está por toda parte e podem causar muitos problemas se ignorados. Logo, exercícios de relaxamento e outras técnicas de gerenciamento de estresse podem ser muito úteis para lidar no nosso cotidiano.
De fato, o estresse tornou-se mais amplamente reconhecido por indivíduos, sejam trabalhadores e empregadores, tendo em vista que o local de trabalho tende a ser ambiente em que as pessoas passam a maior parte de seu tempo, lidando com condições atípicas, tais como pressão por cumprimento de prazos, metas desafiadoras, excesso de atividades, competitividade, dentre outros pontos. Portanto, lidar com estes fatores em excesso, elevam o quadro de estresse que podem contribuir para uma condição de esgotamento do indivíduo. Na atualidade tem sido ampla a discussão sobre Síndrome de Bournout, uma condição de esgotamento do indivíduo pelo trabalho em virtude das condições aqui citadas
Reconhecer o estresse no corpo é fundamental na busca de ajuda profissional. É importante reconhecer alterações no corpo, tais como desconforto, angústia, preocupação excessiva, nervosismo, medo, desmotivação e irritação, bem como alterações na respiração, na pressão arterial, batimentos cardíacos e contração muscular.
Outros sintomas comuns que são citados são alteração no humor e sono, mudanças no apetite, problemas de atenção e memória, perda da libido, consumo de álcool e drogas, dores no corpo e quedas de cabelo são bastante citados.
O gerenciamento eficaz do estresse inclui a ajuda de um profissional psicólogo que poderá trabalhar em um programa para incluir não apenas lidar com o estresse apresentado, mas também ajudar o paciente a evitar atingir altos níveis de estresse em primeiro lugar.
- Ensinar técnicas de relaxamento e exercícios de relaxamento, desenvolvendo assim novas formas de relaxar naturalmente (a resposta de relaxamento em vez da resposta ao estresse).
- O pensamento positivo pode ajudar em situações de ataques de pânico, ansiedade e medos decorrentes do estresse.
- Criar uma compreensão do estresse usando técnicas cognitivas, dando uma compreensão da natureza individual do estresse e criando resultados positivos para o futuro.
Além da ajuda profissional, é importante a mudança de hábitos ou inclusão de hábitos que auxiliem a lidar melhor com o estresse, tais como dormir melhor, técnicas de meditação ou mindfulness, praticar atividades físicas, ter momentos de autocuidado, se desconectar do trabalho durante as folgas, além de encontrar hobbies que ajudem a lidar com o problema.
Superando o estresse e a ansiedade no local de trabalho
O cenário atual do mundo do trabalho tem sido bastante citado como um dos grandes fatores para aumento de estresse na população adulta. Ao estresse, primeiro foi atribuído a pressões externas como cargas de trabalho, competição e outros estímulos que poderiam induzir um sofrimento do corpo. Recentemente, no entanto, o estresse foi descrito não apenas como estímulos externos, mas pode muito bem ser a reação de uma pessoa à percepção, capacidade e compreensão negativas de outro indivíduo.
Os dados dos níveis de estresse são preocupantes. No Brasil, os dados sobre os níveis de estresse na população são alarmantes, ocupando o segundo lugar no mundo de acordo com pesquisa realizada pelo (ISMA – Brasil). Ainda de acordo com o ISMA, 70% dos brasileiros sofrem com estresse e 30% desenvolve a Síndrome de Burnout, relacionada aos altos níveis de estresse no trabalho.
De fato, condições de trabalho desfavoráveis aumentam o nível de estresse que podem afetar o desempenho no trabalho. A ansiedade induzida por um encontro negativo passado com um colega de escritório, a preocupação com inúmeros papéis rotulados como urgentes e as apreensões de enfrentar um chefe podem afetar de fato o desempenho do escritório. O efeito aparente disso para um profissional não é apenas deprimente, mas também pode ser uma passagem de ida para o desemprego.
Tenha uma atitude adequada, não coloque tensões desnecessárias em sua vida passando por noções desnecessárias. Sim, seu chefe pode ter gritado algumas vezes, mas guardar ressentimento também não adiantaria. Concentre sua força e energia onde você realmente mais precisa no trabalho. Desenvolver a inteligência emocional contribui para lidar com estresse no trabalho e na vida.