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Avaliar a intensidade da depressão EBADEP

Um caminho seguro para avaliar a intensidade da depressão

Nesta matéria vamos abordar elementos sobre a avaliação e testes de intensidade da depressão em adultos, para tanto vamos trazer diversas referências, estudos, especialistas e como isso vem sendo desenvolvido no Brasil, falaremos também do EBADEP-A e qual a sua importância para o diagnóstico da depressão.

A depressão

A depressão pode ser entendida como uma característica de distúrbios emocionais, como transtorno de estresse pós-traumático ou demência, ela pode ser classificada como síndrome quando: inclui alterações de humor, apatia, falta de capacidade de sentir prazer, e ainda pode ser considerada como uma doença, recebendo diferentes classificações como: transtorno depressivo maior, melancolia, distimia, etc.

Para os manuais diagnósticos internacionais da Associação Americana de Psiquiatria (APA), o DSM-IV-TR e da Organização Mundial de Saúde, o CID-10, a depressão é considerada como um transtorno de humor ou afetivo.

Quais são as principais características da depressão?

Entre os principais sintomas da depressão estão: sentimentos de tristeza, choro, vazio ou desesperança.

Além dos sintomas característicos a depressão pode apresentar no paciente outros sintomas como explosões de raiva, irritabilidade ou frustração mesmo por questões pequenas.

Além destes outro ponto importante a se observar é a perda de interesse ou prazer na maioria ou em todas as atividades normais, como sexo, hobbies ou esportes. Os distúrbios do sono também podem ocorrer. Estes incluem insônia ou dormir demais.

Quais são as principais causas da depressão?

Algumas causas da depressão são:

  • História de família. Embora não existam genes específicos que possamos analisar e rastrear a depressão, se os membros de sua família tiver em depressão, existe a probabilidade que um parente próximo também sofra de depressão.
  • Doenças e problemas de saúde.
  • Medicamentos, drogas e álcool.

O estresse ajuda no aparecimento da depressão?

Existem três estágios para o estresse: o estágio de alarme, o estágio de resistência e o estágio de exaustão. O estágio de alarme é quando o sistema nervoso central é despertado, fazendo com que as defesas do seu corpo se reúnam.

Alguns dos sinais psicológicos e emocionais aos quais se deve ter atenção incluem principalmente a raiva, irritabilidade ou inquietação, sentimento de sobrecarga, desmotivação ou falta de foco, problemas para dormir ou dormir demais, pensamentos acelerados ou preocupação constante. Os problemas com a memória ou problemas com a concentração e ainda a tomada de más decisões, contribuem para o aparecimento da depressão.

A depressão é uma herança genética?

As pessoas que não tem uma herança genética podem desenvolver a depressão. Em ambos os casos, hereditária ou não, ela está associada a mudanças na estrutura do cérebro ou no seu funcionamento.

Os hormônios são importantes?

Existem muitos hormônios que, quando alterados, podem desencadear uma tristeza profunda. É o caso da corticotropina, cortisol, estrogênio, progesterona e T4.  Alguns hormônios bloqueiam a comunicação cerebral, outros interferem na ação da serotonina, neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar. Nestes casos de alteração hormonal é necessária investigação e uma conduta médica.

Traços de personalidade -influenciam na depressão veja a Avaliar a intensidade da depressão EBADEP

Traços de personalidade influenciam na depressão?

Um levantamento procurou se aprofundar em analisar as causas relacionadas aos sintomas de ansiedade e depressão. Por este levantamento constatou-se que os traços de personalidade estudados em análise mostraram que nenhum sintoma depressivo permaneceu significativamente associado a qualquer um dos traços de personalidade. 

Por outro lado, no caso da ansiedade, o fator social se correlacionou negativa e significativamente com o rubor, indicando que quanto mais sociável o indivíduo, menor a probabilidade de apresentar esse sintoma (r=-0,42, p=0,022). É interessante e se encaixa na definição de um traço, pois quanto mais sociável uma pessoa é, menor a probabilidade de corar em situações sociais (Nunes & Hutz, 2002). https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5115912 

Compreendendo a depressão em nosso tempo.

A depressão é um transtorno mental que afetou a humanidade do século passado e continua a afetar neste século. A Organização Mundial da Saúde estima que mais de trezentos milhões de pessoas no mundo todo sofram de depressão. Na América Latina o Brasil é o país com mais casos.

Antes de 2020, a depressão já      era a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças.

Em um estudo realizado pelo IBGE em 2013 mostrou que no Brasil, 5,8 % da população têm algum tipo de depressão, já nesta época liderávamos os números de pessoas depressivas na América do Sul e no quadro geral das Américas perdemos somente para os Estados Unidos.

O isolamento social e as restrições durante a pandemia do Covid-19, necessários para conter o avanço do vírus, de uma forma geral foi prejudicial para a saúde mental. Segundo a pesquisa da USP em 2021, o Brasil atingiu o auge da pandemia e os números foram alarmantes onde (63%) dos pesquisados apresentaram um quadro de ansiedade e (59%) apresentaram quadro de depressão. Não foi só o Brasil que passou por este fenômeno. A Irlanda atingiu as marcas de 61% das pessoas com quadro de ansiedade e 57% com quadro de depressão. Já nos Estados Unidos os quadros de ansiedade e depressão atingiram 60% e 55% das pessoas, respectivamente.

A necessidade de informações atualizadas sobre os impactos causados pela pandemia fez com que várias organizações se voltassem para coletar dados. Um estudo realizado pelo The Lancet (uma revista médica internacional semanal independente, fundada em 1823 por Thomas Wakley), revelou alguns números deste cenário.

A pandemia de Covid-19 provocou o aumento global de distúrbios como a depressão e a ansiedade, foram 53 milhões de novos casos de depressão e 76 milhões de novos casos de ansiedade em 2020. Entre os grupos mais afetados estão as mulheres e os jovens.

A incidência de depressão devido à pandemia aumentou 28%, com 53 milhões de novos casos, incluindo 35 milhões de mulheres e 18 milhões de homens. Os transtornos de ansiedade aumentaram 26% em relação à situação não pandêmica, com um aumento de 76 milhões de casos. Destes, 52 milhões eram mulheres e 24 milhões eram homens, conforme dados publicados no artigo.

Como avaliar a intensidade da depressão?

O crescente número de diagnósticos de depressão se tornou um problema de saúde pública mundial. A depressão afeta essencialmente todo o ciclo de vida, com consequências importantes em diversas áreas, desde a ausência escolar e no trabalho, custos ao sistema de saúde, sofrimento psíquico, impacto nas relações sociais, o aumento da morbidade e mortalidade, estando associada ao suicídio, segundo dados da Organização Mundial da Saúde de 2004.

“Se fosse feito um diagnóstico Mundial, em todas as pessoas do planeta, nós teríamos      aproximadamente em média uns 15% da população toda com sintomas de depressão.”

Veja a entrevista com o Doutor Makilim Nunes Baptista, formado em ciência, em que ele fala sobre o teste EBADEP-A.

A Escala Baptista de Depressão – EBADEP-A Versão Adulto 

O que é EBADEP-A?

EBADEP-A é a Escala Baptista de Depressão Versão Adulto. Trata-se de um instrumento construído no Brasil a partir de indicadores oriundos de manuais diagnósticos como o DSM-IV-TR, CID-10, além de descritores baseados na Teoria Cognitiva de Beck e na Teoria Comportamental da Depressão. Resultado de pesquisas desenvolvidas ao longo de quatro anos, a EBADEP-A, é um instrumento autoaplicável      que possui 45 itens e 26 descritores com objetivo possibilitar o rastreamento do sintomas da depressão, por meio de amostras psiquiátricas e não psiquiátricas de sintomatologia depressiva. Neste processo os sintomas vão sendo agrupados em categorias como: Ansiedade, Humor, Irritabilidade, Vegetativos, Motores, Sociais e Cognitivos, totalizando assim, sete categorias.

Seu desenho foi baseado em indicadores sintomáticos de depressão derivados de teorias da depressão, como cognitiva e comportamental, juntamente com os Manuais Diagnósticos Internacionais da Associação Americana de Psiquiatria, DSM-IV-TR, e da Organização Mundial da Saúde, CID-10.

Em sua versão final ela é composta por uma escala de 90 sentenças, que são apresentadas em pares e formam 45 itens. Para sua interpretação, quanto menor o escore, menores os sintomas de depressão.

Com variação em sua pontuação que vai do zero a três, sendo o zero a pontuação mínima e 135 a pontuação máxima, o avaliador consegue por meio das somas dos resultados, chegar a uma melhor compreensão do quadro clínico      do paciente, quanto menor for a pontuação apresentada na escala, menor também será a sintomatologia depressiva apresentada pelo paciente.

A escala foi elaborada nas bases do Manual Diagnóstico e Estatístico      dos Transtornos Mentais – DSM-IV-TR. Sua utilização abrange diversas áreas dentro da psicologia como a Neuropsicologia, a Psicologia Clínica, a Psicologia da Saúde, a Psicologia Hospitalar, a Psicologia Forense, a Psicologia do Trabalho e das Organizações, a Psicologia do Esporte, a Psicologia Social, a Psicologia Comunitária e a Psicologia do Trânsito.

Característica da Escala EBADEP-A

A primeira característica é a de se tratar de um instrumento autoaplicável. Seu conteúdo é formado por 45 itens com 26 descritores de sintomatologia depressiva.

A EBADEP-A tem um diferencial em sua escala, que é a sua facilidade de obter respostas, outro detalhe importante para quem realiza a análise,      são os dados positivos e os negativos, isso dá ao profissional de saúde uma visão mais ampla dos comportamentos. Estas são algumas das características do EBADEP-A. 

O que avalia o teste EBADEP-A?

A Escala Baptista de Depressão (Versão Adulto) – EBADEP-A, foi construída no Brasil e tem o objetivo de avaliar a intensidade de depressão em adolescentes e adultos. Sua aplicação é indicada para adolescentes e adultos com idade entre 17 a 81 anos.

Como aplicar o EBADEP-A?

O teste EBADEP-A pode ser aplicado de forma individual ou coletiva. Para que este teste seja aplicado de forma coletiva é recomendado que a aplicação seja feita para um número de até 40 participantes e, preferencialmente, com o apoio de um auxiliar de pesquisa.

A aplicação da EBADEP-A requer a folha de respostas, caneta ou lápis para uso do examinando. Para a correta pontuação dos itens, o aplicador precisa ter em mãos o manual técnico de aplicação do teste EBADEP-A.

As Diferentes Escalas de Avaliação de Depressão

A TRI consiste em um conjunto de modelos, os quais buscam representar os parâmetros de um teste, focando nos itens, ao invés do teste como um todo, como acontece na TCT.

Existem vários métodos de diferentes escalas para a avaliação de depressão que podem ser utilizados, dentre eles estão as escalas      psicométricas, para auxiliar no diagnóstico.

As avaliações e diagnósticos dos transtornos depressivos podem ser influenciados pelos diversos paradigmas em psicometria, como os formativos, reflexivos, análise de redes, micro análises, métodos utilizados e contextos, por exemplo, entrevistas estruturadas, escalas psicométricas, projetivos reflexivos, objetivos da avaliação, tempo disponível, dentre outras características.

A possibilidade de utilização      das escalas é apenas um ponto a ser considerado, mas a parte mais importante do diagnóstico, o psicólogo, deve se certificar de conhecer as limitações das escalas que irá utilizar, de ter treinamento específico na avaliação e buscar conhecimento de métodos diferentes para a avaliação.

Para um diagnóstico mais preciso, se possível, aplicar mais de um teste de um mesmo fenômeno, utilizando de escalas de depressão diferentes permite ter informações mais precisas da atual condição do paciente, avaliando a passiva ou ativa no suicídio, as escalas de hetero-avaliação no diagnóstico de necessidades.

 A Escala Baptista de Depressão (versão adulto) – EBADEP-A pode ser utilizada com objetivos de avaliação em maior escala. Algumas possuem menor número de itens e podem servir como triagem, como versões reduzidas de escalas já conhecidas ou que foram desenvolvidas para públicos específicos, tal como a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) inicialmente desenvolvidas para avaliar pacientes já diagnosticados com depressão, ou possuem itens mais facilmente endossados por estes, tal como o Beck Depression Inventory (BDI).

Ainda, há escalas que foram desenvolvidas para faixas etárias específicas, tal como o Children Depression Inventory – CDI, e concebidas para serem aplicadas e pontuadas pelo próprio entrevistador, como a Hamilton Rating Scale for Depression – HRSD. Algumas escalas também são construídas no sentido de evitar alguns equívocos na avaliação.

Por exemplo, escalas próprias para avaliação de depressão em ambientes hospitalares geralmente não contêm itens vegetativos, muito comuns a diversas doenças físicas, o que aumentaria a pontuação de depressão, não é necessariamente que esses sintomas estejam associados. Nas últimas décadas a literatura científica evoluiu trazendo novas escalas para avaliar os sintomas depressivos e auxiliar no diagnóstico da depressão, também é verdade que as principais escalas de avaliação de sintomatologia depressiva tiveram origem na década de 1960.

A constituição das escalas de avaliação sintomáticas de depressão é concebida através das necessidades dos seus idealizadores seus critérios podem ser bastante específicos e com objetivos e características de avaliação que foram criados para uma ação específica.    

Por este motivo é importante o avaliador ter o conhecimento correto na hora de escolher o teste para a avaliação. A comunidade científica de psicologia indica o EBADEP-A.

Independentemente da escala utilizada, a maioria das escalas que avaliam sintomas depressivos requer que o psicólogo utilize a somatória da pontuação levando em consideração todos os itens avaliados e a pontuação geral de forma a ser convertida em uma categoria para um diagnóstico e o grau sintomático do paciente, se é leve, moderado ou severo.

As escalas de depressão podem conter um número maior de questões de avaliação com componentes específicos e isso deve ser levado em questão como mencionado anteriormente. Veja por exemplo o BDI, que possui mais de 50% dos itens voltados à avaliação cognitiva, enquanto a escala de Wake não avalia estas questões, a EBADEP-A possui 18% dos itens de avaliação que fazem parte da dimensão social dos sintomas depressivos, enquanto a escala de Montgomery-Asberg não avalia esse quesito.

Alguns testes vão avaliar apenas os aspectos negativos como:  tristeza, anedonia enquanto outros possuem um viés positivo e o foco está na felicidade ou quantidade de sono adequado, o que torna possível avaliar entre felicidade e tristeza. Por estes pontos o teste proporcionará saber se o indivíduo expressa sintomas leves ou graves, a partir da somatória dos pontos apresentados nos testes.

Entretanto é sempre bom ressaltar que os testes de avaliação não são os únicos critérios para completar um diagnóstico. A compreensão do caso, além do fato de que o psicólogo necessita conhecer as características psicométricas, modelos teóricos e outras informações importantes da escala que utiliza para auxiliar no diagnóstico e acompanhar resultados de intervenção.

Concluindo!

A depressão não se apresenta como um fenômeno consistente, sendo condição altamente heterogênea em termos de intercâmbios dos sintomas e sem demarcações claras de limites com outras condições psicopatológicas, além do que os vários sintomas presentes nas diferentes escalas não são necessariamente equivalentes ou intercambiáveis. As escalas psicométricas são ferramentas úteis na avaliação da sintomatologia depressiva e complemento do diagnóstico de depressão, sendo também a partir dos estudos com escalas que o conhecimento sobre a depressão vem se desenvolvendo. A quantidade de informações que se têm atualmente sobre transtornos depressivos está diretamente relacionada à qualidade das medidas utilizadas para avaliar o fenômeno.

O termo “depressão” é muito abrangente e pode ser utilizado para se referir a um grande grupo de diagnósticos e expressões de sintomas. As escalas se tornam fundamentais no processo de rastreio, colaborando nesse      processo e com isso vai auxiliar os profissionais na intervenção de pacientes com depressão.

As avaliações e intervenção da depressão, dentro dos moldes deste tempo, estão longe de poder afirmar que há um diagnóstico fácil. Mas isso é o que diferencia os bons profissionais, a busca por novas técnicas      e pesquisas que vão contribuir para o desvelamento de questões  cruciais.

Hoje a ciência e a tecnologia vêm encontrando formas de acelerar os processos. Na última década tivemos um salto na evolução e na disponibilização de informações de forma que o conhecimento ficou mais acessível, mas ainda há muito para se descobrir.

Um estudo mais abrangente sobre as causas de depressão, sua avaliação, intervenção, bem como os seus modelos, regras      teóricas e as relações clínicas está longe de ter uma conclusão definitiva. Isso impulsiona a pesquisa para o conhecimento de tais questões cruciais. Muito ainda está sendo desenvolvido, e o campo de pesquisa se torna fundamental neste cenário, pois existe a certeza de que ainda há muito para se entender e descobrir.

Uma vez que estas descobertas sejam feitas, irão contribuir muito em todas as áreas, seja nas sociais, psicológicas ou biológicas, ao mesmo tempo que se cria uma rede de inter-relações, este esforço tem como objetivo principal a compreensão desse fenômeno chamado depressão.

Aos profissionais é fundamental que o pesquisador, o avaliador e também o clínico, saibam as técnicas e os meios pelos quais estão avaliando, assim como diferenciá-los a fim de obter os melhores resultados entre os diversos testes e métodos de avaliação existentes, por meio do processo científico e ético. Por fim, é fundamental que saibam quais os resultados esperam alcançar.

Adquira a Coleção EBADEP-A Escala Baptista de Depressão Versão Adulto e tenha a certeza de estar aplicando um teste desenvolvido e aprimorado no Brasil e que possui o viés de estudar as respostas de homens e mulheres utilizando um conjunto de modelos que busca representar seus parâmetros focando nos itens.

Qualquer dúvida, estamos à disposição. Entre em contato conosco pelos telefones: (85) 3224.1587 | (85) 3261.1470 (85) 98970.1774 (WhatsApp) 

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